Dia dos Pais
Nesse fim de semana comemoramos o dia dos pais e proponho uma reflexão: será que a idéia de pai herói é uma grande mentira?
Ser pai é esbarrar na dificuldade de ter que sustentar o papel de ser uma referência para um ser em formação. É carregar o ônus da responsabilidade pela educação daquela pequena criatura que nos foi dada pela natureza, seja cuidando do corpo (provendo, por ex. alimento, saúde) seja da alma, oferecendo escola, cultura e lazer.
É viver a insegurança de não ser plenamente pai: será que estamos sendo presentes o suficiente? Será que estamos passando bons valores? Será que estamos sendo um bom exemplo? Enfim, é questionar o quanto as minhas limitações como pessoa estão influenciando o caráter de nossos filhos.
Ser pai é ver-se forçado a lidar com a necessidade da tolerância e da paciência diárias para com o bichinho que está querendo se tornar um ser humano.
Enfim, a paternidade é essencialmente uma vivência de fragilidade, o que, se comparada ao que pensa o senso comum (o pai herói, provedor, poderoso, solar), soa quase como uma mentira.
Mas existe um remédio para tal fragilidade. É uma coisa que aprendi com ele, meu pai, que não está mais aqui do meu lado, mas que nunca deixou meus pensamentos: esse remédio se chama amor. Feliz de dos Pais!
Por : Glauco Batista